Como já alguns sabem o maior equipador de Portugal deixou-nos. É um momento triste. Em jeito de despedida e de homenagem, façam-se aqui, não dois minutos de silêncio, mas dois minutos de broca a furar
BBRRRRRRR,RRRRRRRRR....BRRRRRR..BRRR...BR..BR...brrr...r...r...
em memória dessa incansável, que desde que deu a primeira volta, nunca parou de rodar, a furar por esse Portugal fora para que muitos pudessem com as suas belas expressos reluzentes ter os tomates menos apertados. Abnegadamente, sob a chuva e ao sol, foram quase 15 anos ao serviço, sem nunca ouvir agradecimentos, mas pelo contrário, apenas insultos e palavrões de quem não a sabia pôr a trabalhar. Que descanse em paz no fundo do Oceano Atlântico! A Furadeira morreu, viva a Furadeira!
Muitos quererão saber como foram os últimos momentos dessa heroína. Pois bem, sem exageros, foi uma morte épica...
Num primeiro acto, 15 dias antes no mesmo local (Sesimbra), ela já deixara antever que se predestinava algo de terrível, pois recusara-se a girar nessa parede que seria a sua perdição. Num segundo acto, neste passado Domingo, depois de 16 furos esforçados e sinceros, dando o seu melhor, cumprindo mais uma vez o seu trabalho, sem um queixume, furou como se ignorasse o seu destino. Mas a morte das máquinas tinha-lhe já marcado o encontro. E sem sequer ter direito a um último copo de óleo ou à última broca do condenado, girou desta terra feita de paredes para o paraíso das máquinas, onde a esperavam 69 baterias virgens. Segundo testemunhas oculares: “...partiu-se em duas quando a unha que prendia o escalador saltou!”, “...e ela ainda girava enquanto caía de 70 m...”.
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